Inter Miami: 5 curiosidades sobre o novo clube de Messi
A chegada de Lionel Messi já é um grande marco na história do time Inter Miami e da liga Major League Soccer (MLS), nos Estados Unidos.
O craque argentino anunciou esta semana que jogará no clube, que pertence ao ex-jogador inglês David Beckham e aos irmãos Jorge e José Mas.
Messi não chega no melhor momento desportivo do clube, que no meio da temporada ocupa a última posição entre as 15 equipes da Conferência Leste da MLS. Embora o time esteja longe dos playoffs (fase eliminatória do campeonato), não há maiores riscos porque a liga não tem rebaixamentos.
Com a contratação do craque da seleção argentina, que venceu a Copa do Mundo de 2022, o Inter Miami busca sair da rotina e entrar na briga pelo precioso troféu da MSL.
E, a partir de agora, fará isso sob o olhar de milhões de fãs de Messi em todo o planeta.
Contamos aqui cinco curiosidades sobre o clube onde Messi vai jogar.
1. O clube é mais jovem que dois filhos de Messi
O Inter Miami FC é um dos clubes mais novos da MLS: foi fundado em janeiro de 2018.
O filho mais novo de Messi, Ciro, nasceu em março do mesmo ano. O primogênito, Thiago, nasceu em 2012, e Mateo, em 2015.
O registro do clube veio após anos de negociações entre Beckham e potenciais investidores — incluindo os irmãos Mas, conhecidos empresários de Miami.
Mas ainda havia um longo caminho a percorrer antes que o Inter Miami jogasse sua primeira partida. O time tinha que ser construído e, não menos importante, seu estádio também.
Foi apenas em 1º de março de 2020 que o clube entrou em campo para jogar sua primeira partida.
E não o fez com o pé direito: um gol do mexicano Carlos Vela estragou a estreia do clube novato e deu a vitória ao Los Angeles (LAFC) no estádio Banc of California.
Depois de mais quatro derrotas e um hiato de quatro meses devido à pandemia de coronavírus, o time rosado finalmente conquistou sua primeira vitória, em agosto de 2020, ao vencer o Orlando City por 3 a 2.
2. Estádio provisório
Aquela vitória marcou a estreia do Inter Miami em casa.
O campo do clube é muito mais modesto do que o Camp Nou de Barcelona ou o Parc des Princes de Paris.
Localizado em Fort Lauderdale, a cerca de 40 quilômetros ao norte de Miami, o DRV PNK Stadium tem capacidade para 18.000 espectadores e foi construído no lugar do campo do extinto Fort Lauderdale Strikers.
O "DRV" refere-se a "drive" (dirigir), correspondendo ao segmento de mercado de uma empresa patrocinadora do time; e PNK remete a "pink" (rosa), cor da campanha contra o câncer de mama da empresa.
Essa também é a cor da camisa principal do Inter Miami.
Mas o DRV PNK é uma sede provisória, já que o clube está construindo um novo estádio, o Miami Freedom Park, na cidade de Miami.
O estádio terá capacidade para 25.000 pessoas, vai incorporar os mais recentes avanços tecnológicos e planeja abrir suas portas para a temporada de 2025 da MLS.
3. A cor rosa
A cor rosa, como a do Inter Miami, era há até pouco tempo marginalizada no mundo do futebol. Por que o clube americano a escolheu?
“Se há uma cidade no mundo que pode se apropriar do rosa, é Miami”, diz o diretor criativo Kimou Meyer, que desenhou o escudo do time, em um vídeo promocional.
Rosa é a cor mais marcante no nascer do sol na praia de Miami Beach e também um dos tons pastéis característicos do estilo Art Déco, ao qual pertence o patrimônio arquitetônico mais significativo da cidade.
É por isso que Beckham, executivos e criativos consideraram que essa era a cor que melhor representava o Inter Miami, além de uma marca de diferenciação em relação a grande parte dos times dos EUA e do mundo.
4. Garças e Beckham no escudo
O escudo do Inter Miami inclui duas garças brancas com as costas juntas. Os pés das duas unidos formam o M de Miami.
"Criamos um time do nada. O novo escudo foi algo importante para mim", reflete Beckham em um vídeo no site oficial do clube.
Ron Magill, diretor de comunicação do Zoológico de Miami, explica que as garças são um símbolo da cidade porque permaneceram ali apesar da forte urbanização — e consequente desmatamento — no século 20.
Ele garante que o caráter dessas aves se assemelha ao dos migrantes de diferentes culturas que construíram a cidade em busca de um futuro melhor.
"Se você as vê caçando, percebe que, quando elas têm a menor oportunidade, aproveitam-se disso."
O sol parcialmente eclipsado entre as cabeças das garças representa a dedicação do povo de Miami de trabalhar dia e noite para realizar seus sonhos.
E os sete raios que emanam do sol estrela não são coincidência: representam o número sete que Beckham usou durante a maior parte de sua carreira como jogador de futebol.
Até recentemente, dois clubes vinham à cabeça do torcedor brasileiro ao ouvir o nome Inter: Internacional de Porto Alegre ou Inter de Milão — time que neste sábado (10/6) disputará a final da Liga dos Campeões contra o Manchester City.
Os dirigentes do Inter de Milão não gostaram de ter um outro Inter nos EUA e, em 2020, entraram com uma ação judicial contra o recém-fundado clube de Miami. Este foi acusado de infringir os direitos de marca e de causar confusão entre os torcedores.
O Inter Miami argumentou que muitos clubes ao redor do mundo se definem como "atlético", "real", "unido" ou "cidade" — sem que nenhum deles reivindique exclusividade.
A disputa judicial entre os dois clubes durou algum tempo, até que em fevereiro de 2021 ambas as partes chegaram a um acordo amigável.
Com isso, o Inter Miami pôde continuar usando seu nome.
E agora, com Messi na equipe, está em mais condições de fazer frente ao Inter de Milão — se não em campo, pelo menos em popularidade e na venda de camisas.
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